sexta-feira, 13 de abril de 2018

A importância da amamentação e os fatores envolvidos.

Campanhas do ministério da saúde têm feito muitas pessoas lembrarem o quão bom é o leite materno para o bebê, além dos inúmeros benefícios também para a mulher que amamenta.

 O ministério da saúde recomenda amamentação exclusiva até o seis meses, podendo se estender até dois anos ou mais se a mulher desejar. Essa recomendação não raramente costuma gerar más interpretações. 
O bebê deve mamar só no peito até os 6 meses (não precisa de chá, nem de água, nem de nada!), só o leite da materno já supre todas as necessidades do bebê. Depois dos seis meses o bebê deve passar pela introdução alimentar com frutas, sucos, conforme a orientação do pediatra, mas é recomendado pelo ministério que a mulher continue amamentando até os 2 anos ou mais se desejar.
Bebês alimentados exclusivamente em seio materno até os 6 meses tem menos cólicas, menos infecções, menos alergias, menos doenças no trato gastrointestinal, previne a obesidade, tem melhor desenvolvimento neurológico, maior QI (índice que mede a inteligência), dentre outros.

 Para a mulher os benefícios são menos risco de desenvolver câncer de mama e de útero, amamentar ajuda a voltar ao peso anterior à gestação, ajuda o útero a voltar ao tamanho original e previne hemorragias no pós parto. Tudo isso sem citar os benefícios provindos do contato íntimo entre mãe e bebê que contribuem de maneira ímpar para o desenvolvimento de uma relação saudável.
Diante de tantos benefícios muitas mulheres optam por amamentar seus bebês, mas porque nem sempre isso da certo?
Diferente do que mães de primeira viagem imaginam, a amamentação não se da de maneira instintiva. Logo que o bebê vai ao seio a mulher descobre que não funciona tão “naturalmente” como imaginava, como sempre viu filhotinhos mamíferos mamando em suas mães.  O bebê dorme muito ou chora muito, o bico do peito “racha”, as mamas doem e delas não sai leite, o bebe não pega.
 E agora?
Geralmente é nessas horas que entram os palpites alheios, de que o leite materno é fraco, que ele não sustenta. Tudo isso é mentira absoluta! Aliás ninguém até hoje conseguiu desenvolver um alimento tão completo e adequado para o bebê como o leite materno.
 A mulher se depara com inúmeras duvidas, culpa e desespero.  Somado às questões relativas à amamentação todas as mudanças trazidas junto com o nascimento do bebê exigem bastante da nova mãe, que se depara com noites mal dormidas, cansaço e até um humor depressivo. 
Tudo isso é normal? Sim! 
Mas e aquelas atrizes lindas e plenas amamentando na televisão?
 Bom, só existe na televisão.
O bebê nasce com muitas habilidades que vão ajudá-lo a conhecer esse mundo e a se desenvolver adequadamente, algumas delas são responsáveis pela amamentação, como a busca com a boca por algo para abocanhar, o reflexo de sucção e de deglutição, mas mamar direito é aprendido. Mamar direito que eu digo é conseguir abocanhar adequadamente a mama da mãe para que consiga ordenhar o leite removendo-o da mama para se alimentar.

Precisamos lembrar também que a amamentação é um processo que se da entre duas pessoas, a mãe e o bebê. Para além das capacidades ou dificuldades do bebê existe as mamas das mães e seus diferentes tipos. Existem mamilos (famosos bicos) diferentes, pode ser plano, pode ser invertido (mamilo virado para dentro), pode ser protuso (mamilo bem formado) ou mesmo mamas que já passaram por alguma intervenção cirúrgica. 
Todas essas particularidades dos bebes e das mães podem influenciar no amamentar.
Por esse motivo essa “aprendizagem” de mãe e bebê em relação à amamentação deve ser acompanhada por um profissional qualificado, principalmente no início da vida do bebê, para que tudo transcorra da melhor maneira possível.

O trabalho de uma consultora em amamentação consiste em poder auxiliar gestantes que pretendem amamentar, orientando sobre os processos fisiológicos pelos quais passará após o nascimento do bebê e quais os cuidados que podem ser tomados, pode ajudar a dupla mãe bebê a estabelecer uma amamentação eficaz, pode auxiliar inclusive em casos de mães adotivas que pretendem amamentar
 (é possível!) e em casos de crianças mais velhas com difícil desmame.


Juliana Moroni de Freitas
Consultora em Amamentação (atendimentos em Campinas, Pedreira, Jaguariúna e região)
Psicóloga (formada pela PUC-Campinas)
Técnica em Enfermagem (formada pelo Colégio Técnico da UNICAMP)
Atualmente trabalha como Técnica em Enfermagem na UTI Neonatal no CAISM – UNICAMP; trabalha com atendimentos domiciliares em Consultoria em Amamentação; cursa pós-graduação em Psicologia Perinatal e Parental no Instituto GERAR e gerencia a página no facebook “Aleitar – Consultoria em Amamentação”
Contato: e-mail:
jumoronif@gmail.com
Telefone: (19) 991568836 / (19) 998350831 (whatsapp)

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